Ufal estuda parceria com Museu Darwin de Moscou
O museu é um dos mais importantes da Rússia e sua parceria pode ajudar a reestruturação do Museu de História Natural da Ufal
O museu russo também poderá auxiliar museus alagoanos através de orientações, informações e métodos relativos a conservação, manutenção e exposição de acervos.
Museu Darwin
Por Pedro Barros - estudante de jornalismo
A diretora do Museu Darwin de Moscou, Anna Klyukina, em visita a Alagoas, reuniu-se esta segunda-feira (11) com docentes, pesquisadores, técnicos e os reitores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo e Rachel Rocha. Os gestores trocaram informações sobre as instituições e discutiram a possibilidade de um convênio entre elas. A proposta é que a parceria contemple intercâmbio de alunos e
professores, troca de material científico e a produção
conjunta de artigos e periódicos acadêmicos.
Pela manhã, Klyukina conheceu os laboratórios e as coleções de répteis, anfíbios, moluscos, paleontologia e geologia do Museu de História Natural. A diretora também visitou a réplica da caverna e o salão de exposição do museu, atualmente fechados.
Para o biólogo Filipe Augusto Nascimento, a importação e exportação de espécimes científicos será muito importante para ambas as instituições, devido a acentuada diferença entre os biomas brasileiros e russos. "São continentes que possuem diversidades biológicas diferentes. A importância primária para os museus é aumentar a representatividade dos acervos. Podemos ter peças que de outra maneira seria impossível adquirir. Ambas as instituições serão beneficiadas por essa troca", afirma Nascimento.
O reitor reafirmou o compromisso com o Museu de História Natural, com a proposta de transferi-lo para o prédio do antigo Centro de Ciências Biológicas (CCBI). "Firmamos um acordo com o Governo do Estado, devido a situação crítica do momento, mas isso é temporário", explicou Lôbo, referindo-se à instalação de salas para o Instituto Médico Legal (IML) no local. Reiterou, no entanto, que a obra, que também inclui a criação do Memorial da Ufal, devido a sua complexidade e peculiaridades, não deve ser concluída a curto prazo.
"A manutenção do museu é algo muito complexo e requer pessoas qualificadas em várias áreas de conhecimento para dar suporte, talvez seja um dos núcleos mais complexos em termos de construção, gerenciamento e divulgação", afirmou o reitor. Este ano, o museu recebeu três novos funcionários.
Pela manhã, Klyukina conheceu os laboratórios e as coleções de répteis, anfíbios, moluscos, paleontologia e geologia do Museu de História Natural. A diretora também visitou a réplica da caverna e o salão de exposição do museu, atualmente fechados.
Para o biólogo Filipe Augusto Nascimento, a importação e exportação de espécimes científicos será muito importante para ambas as instituições, devido a acentuada diferença entre os biomas brasileiros e russos. "São continentes que possuem diversidades biológicas diferentes. A importância primária para os museus é aumentar a representatividade dos acervos. Podemos ter peças que de outra maneira seria impossível adquirir. Ambas as instituições serão beneficiadas por essa troca", afirma Nascimento.
O reitor reafirmou o compromisso com o Museu de História Natural, com a proposta de transferi-lo para o prédio do antigo Centro de Ciências Biológicas (CCBI). "Firmamos um acordo com o Governo do Estado, devido a situação crítica do momento, mas isso é temporário", explicou Lôbo, referindo-se à instalação de salas para o Instituto Médico Legal (IML) no local. Reiterou, no entanto, que a obra, que também inclui a criação do Memorial da Ufal, devido a sua complexidade e peculiaridades, não deve ser concluída a curto prazo.
"A manutenção do museu é algo muito complexo e requer pessoas qualificadas em várias áreas de conhecimento para dar suporte, talvez seja um dos núcleos mais complexos em termos de construção, gerenciamento e divulgação", afirmou o reitor. Este ano, o museu recebeu três novos funcionários.
Anna Klyukina chamou a atenção para a necessidade de divulgação científica para a população em geral, para que o conhecimento não circule somente entre os cientistas. "É necessário criar uma geração cientificamente educada", declarou. Segundo a bióloga, os museus são um importante meio para essa finalidade: hoje, muitos pesquisadores agradecem ao Museu Darwin por divulgar suas descobertas.
O museu russo também poderá auxiliar museus alagoanos através de orientações, informações e métodos relativos a conservação, manutenção e exposição de acervos.
Anna Klyukina em visita ao auditório da Usina Ciência. Foto: Pedro Barros. |
Museu Darwin
O Museu Darwin de Moscou é o mais importante museu de história natural da Rússia, chegando a receber mais de 500 mil visitas por ano. O museu foi fundado em 1907 pelo naturalista Alexander Kohts. Atualmente trabalha com coleções e pesquisas em diversas áreas, de humanas a naturais. O interesse é aproximar a ciência do público, levando conhecimento em linguagem popular.
Anna Klukina foi auxiliada pelos intérpretes Vladmir Levit e Natalia Fedorova, professores russos do curso de meteorologia da Ufal. O Ciclo de Debates sobre o Binômio Natureza/Cultura e as negociações com o Museu Darwin fazem parte do projeto "Uma cultura anfíbia na transversalidade de saberes: Alagoas e Rússia", coordenada pelo Programa de Pós-Graduação em História da Ufal, em conjunto com o Museu de História Natural, o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), o Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), as pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep).
Anna Klukina foi auxiliada pelos intérpretes Vladmir Levit e Natalia Fedorova, professores russos do curso de meteorologia da Ufal. O Ciclo de Debates sobre o Binômio Natureza/Cultura e as negociações com o Museu Darwin fazem parte do projeto "Uma cultura anfíbia na transversalidade de saberes: Alagoas e Rússia", coordenada pelo Programa de Pós-Graduação em História da Ufal, em conjunto com o Museu de História Natural, o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), o Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), as pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep).
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