Museu de História Natural tem oficina para a elaboração de Plano Museológico



Por Assessoria

No período de 4 a 6 de fevereiro, ocorreu no auditório da Usina Ciência oficina com o tema Plano Museológico. O objetivo do evento foi propor a formatação de um Plano Museológico que otimize a gestão, defina ações e estratégias necessárias para a administração, preparação, organização e estruturação do museu. 

O momento foi pensado e planejado pela museóloga do museu Cíntia Rodrigues, que ressaltou a necessidade de definir ações de organização e identidade do museu. “Pensando em ampliar o nosso diálogo e retomar as discussões sobre o museu, estamos prevendo ações para definição de nosso planejamento. Precisamos "dar cara" ao nosso organograma”, relatou a servidora.

A formação foi direcionada para o corpo técnico do museu com a finalidade de apresentar o conceito, normativas e leis, processo de elaboração e implementação do Plano Museológico. A oficina foi ministrada pela museóloga da Câmara Museologia e Ação Cultural, em Recife, Rosélia Rocha, junto com os bacharelandos em Museologia, Michel Duarte Ferraz e Fábio Cunha.

O MHN pelos palestrantes

Os ministrantes perceberam que o prédio atual do MHN apresenta vários problemas que comprometem a excelência da instituição. Como, por exemplo, a inexistência de acessibilidade e saídas de emergência, controle climático, insuficiência de espaços expositivos, ausência de laboratórios de conservação e restauração.

Segundo eles, a expectativa é que com a transferência para a nova sede (antigo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS) esses problemas sejam sanados, ou pelo menos amenizados. Além disso, que possa oferecer condições para ampliação da produção de pesquisa. Diante de tantos obstáculos, ainda se surpreenderam com a diversidade, riqueza e qualidade do acervo museológico visitado.  
 

Os palestrantes Rosélia Rocha, Michel Duarte Ferraz e Fábio Cunha. Foto: Mário Jorge da Silva Pereira  



“São coleções, mesmo incompletas ou em formação, capazes de contar a história da evolução e transformações vivenciadas pela natureza e mesmo pelos homens nos ambientes naturais em que estavam e estão inseridos. Nosso ponto de vista é que o MHN tem potencial para tornar-se mais que uma “vitrine” da UFAL. Ele pode, certamente, vir a ser um centro de referência na sua área de atuação. Além disso, o MHN tem condições de consolidar-se como importante agente da implementação da função social assumida pela Universidade”, afirmaram os profissionais.

A Oficina

No primeiro dia do evento, os palestrantes propuseram um momento onde a equipe técnica do museu teve a oportunidade de participar, através da explanação de seus trabalhos e atividades já desenvolvidas, como também ações pretendidas em seus setores para 2015. Sendo assim, a oficina foi conduzida de acordo com as ferramentas já existentes e as necessidades de cada setor, com a solução viável inserido no modelo do Plano Museológico.

Integrantes do MHN expondo seus trabalhos realizados e vindouros. Fotos: Mário Jorge da Silva Pereira 


Já no segundo dia de atividades, foram abordados assuntos como, conceitos de museu, órgãos regulamentadores no Brasil e no mundo, princípios fundamentais dos museus, diferença entre guia, monitor e mediador, bem como as fases de elaboração de um Plano Museológico. Dentre as quais se destrincha a missão, visão, objetivos, estratégias e metas. 

De acordo com os oradores, o Plano Museológico é um documento estratégico de extrema importância. “É uma ferramenta de grande utilidade e de caráter estratégico-gerencial na consecução das atividades do museu, além de ser uma exigência legal, podendo otimizar a instituição no que diz respeito ao seu adequado funcionamento. Nele são contempladas questões como gestão de acervos, comunicação, segurança, gestão de recursos humanos e financeiros, acessibilidade, dentre outras”, ressaltam eles.

Encerramento da oficina Plano Museológico, com palestrantes e parte da equipe MHN. Foto: Mário Jorge da Silva Pereira  


No encerramento do evento, foi proposta uma atividade prática. Cada participante elaborou um diagnóstico da instituição, esta etapa do plano visa detectar os pontos fortes e as fraquezas da instituição. Para os profissionais palestrantes, o resultado dessa atividade deixou ainda mais evidente a vontade da equipe MHN de promover a melhoria e revitalização da instituição.

O que mais nos chamou atenção foi perceber, em meio à carência de recursos humanos e econômicos, a vontade comum do grupo que constitui o museu: De manter o acervo conservado e disponível ao público, sem descuidar da pesquisa acadêmica, realizada tanto por pesquisadores internos, (UFAL) como externos. Em poucas palavras diríamos que o ponto forte do MHN é o comprometimento e a boa vontade dos curadores das coleções, servidores, bolsistas e estagiários”, pontuaram os museólogos.


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